Como escolhi minha profissão:
Como toda adolescente, sonhadora queria mudar o mundo. Sonhava com uma profissão rentável, que Pudesse fazer diferença para as pessoas .
Gostava de ciências, de línguas e escrever era fácil para mim. Muito tímida, desenvolvi a capacidade de observação e escuta.
O gosto pela arte e estética vinham do ambiente familiar, pois meu pai além de jornalista apreciava o cinema e o desenho. Já a profissão de rotina administrativa da minha mãe não me agradava nada.
Na época começava a se falar de saúde da mente, transtornos mentais e reforma psiquiátrica.
Listei umas 10 carreiras. Ao final elenquei 3 profissões finais: Direito, Arquitetura e Psicologia.
A tradição na família pelo serviço público fez do direito a primeira opção. Porém, descartei a opção pela dificuldade em ficar limitada a normas e regulamentos que o Direito exige, além da minha habilidade de persuasão ser limitada na época.
O que me atraia na arquitetura era a possibilidade de trabalhar com o espaço, a harmonia, o equilíbrio e a estética. O ambiente melhora a vida das pessoas, harmoniza. Arte com praticidade, pensava. Um entrave , a habilidade de desenhar.
Por último, a vontade de seguir psicologia veio do interesse em conhecer a mente humana. Um grande mistério a ser desvendado naquela época e ainda hoje.
As aulas especiais com o professor Erasmo Pilotto me despertaram para questões ligadas as ciências humanas. A história de Édipo Rei me encantou. Foi baseado nela que Freud, o pai da psicanálise, formulou o Complexo de Édipo.
A possibilidade de empregar a análise e observação, saber escrever bem, estudar baseado em dados científicos, a meu ver, levavam à carreira que eu gostaria de seguir: a psicologia.
Como todo curso não tradicional gerou resistência por parte dos meus pais. Obter informações sobre as disciplinas, assistir uma aula, entrevistar os profissionais da área foram fundamentais para a resolução. Assim , a dúvida tornou-se certeza. Psicologia era a profissão a seguir. Naquele ano tentei vestibular na PUC/PR e passei. Estava com 17 anos.
Durante o curso, e depois de formada algumas vezes questionei a minha escolha.
Seja pelo mercado de trabalho difícil, seja pelo condicionante e se, eu tivesse escolhido outra profissão como seria?
O fato é que uma decisão implica em caminhos a serem trilhados. Caminhos que nos levam a outras escolhas a serem feitas.